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sexta-feira, 21 de junho de 2013


URGENTE: Praia Grande é a primeira cidade da Baixada Santista a reduzir a tarifa do transporte público
eunião, que durou mais de três horas, com uma comissão de representantes do movimento contra o valor das passagens de ônibus, o prefeito Alberto Mourão anunciou que a tarifa retornará a R$ 2,90, a partir de zero hora de 1º de julho. 

O chefe do executivo explicou que a redução é possível graças a isenção do PIS e do Cofins sobre o transporte e com a repactuação com a empresa em torno das obrigações de investimentos previstas no contrato de concessão. 

Acabou Movimento Passe Livre (MPL) anuncia fim dos protestos


Após uma série de atos de hostilidade contra militantes de partidos durante o ato que comemorou a revogação do aumento nas tarifas dos transportes, realizado na noite de quinta-feira na Avenida Paulista, o Movimento Passe Livre (MPL) - que vinha convocando os atos desde a semana retrasada - anunciou em entrevista à rádio CBN que não irá mais fazê-lo.


"O MPL não vai convocar novas manifestações. Houve uma hostilidade com relação a outros partidos por parte de manifestantes, e esses outros partidos estavam desde o início compondo a luta contra o aumento e pela revogação", afirmou Douglas Beloni, do MPL.

Além disso, o aumento no número de manifestantes que propõem 'pautas conservadoras' também motivou a decisão. "Nos últimos atos pudemos ver pessoas pedindo a redução da maioridade penal e outras questões que consideramos conservadoras. Por isso suspendemos as convocações".

Segundo Douglas, o MPL luta por transporte público, mas apoia outros movimentos sociais que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária. "Continuaremos lutando pela tarifa zero, colhendo assinaturas para viabilizar um projeto de lei nesse sentido."


MANIFESTAÇÃO EM TODO O BRASIL LEVA MAIS DE 1 MILHÃO DE PESSOAS PARA AS RUAS EM TODO BRASIL


Manifestações pelo Brasil levam 1 milhão às ruas, violência cresce e Dilma convoca reunião


Mesmo após a redução das tarifas de transporte público em 12 capitais - e em metade das cidades da Região Metropolitana de São Paulo -, novas manifestações levaram na quinta-feira, 20, mais de 1 milhão de pessoas às ruas de 75 cidades do País. E a violência voltou a se destacar: pela primeira vez desde o início das manifestações, há 15 dias, uma morte foi registrada, quando um motorista avançou sobre um manifestante em Ribeirão Preto (SP). Pelo menos outras 77 pessoas ficaram feridas - 55 no Rio.

Diante da disseminação dos atos pelo Brasil, a presidente Dilma Rousseff convocou para a manhã desta sexta-feira, 21, uma reunião com ministros mais próximos, entre eles José Eduardo Cardozo, da Justiça. Na pauta, estão o mapeamento da extensão das manifestações e medidas emergenciais que podem ser tomadas para arrefecer o movimento.

Durante os protestos de quinta-feira, 20, a cena que mais chamou a atenção, foi justamente a tentativa de invasão do Palácio do Itamaraty durante a noite, em Brasília. A polícia tentou conter os invasores com gás, mas o prédio teve janelas quebradas e focos externos de incêndio. Além disso, a paisagem da Esplanada dos Ministérios foi tomada pelo gás lacrimogêneo e até a Catedral se tornou alvo de vândalos.

Após duas semanas de protestos, foi o ataque mais violento a um centro de poder. Antes, o Congresso Nacional, a Assembleia Legislativa do Rio, o Palácio dos Bandeirantes e o Edifício Matarazzo (sede da Prefeitura de São Paulo) haviam sido alvo de protestos. Nessa quinta, com novas bandeiras para o movimento sendo discutidas no Twitter e no Facebook e em meio às reivindicações sociais e políticas diversas que eram ouvidas, um novo grito destacou-se: "sem partidos".

Integrantes dessas agremiações foram proibidos de erguer bandeiras por todo o País e o PT viu fracassar a convocação de sua "onda vermelha". Houve confronto até entre manifestantes dos "sem partido" e os do "sem fascismo". Mas o caráter multifacetado do movimento já preocupa especialistas e analistas políticos, que falam em "mal-estar" da democracia no Brasil.

Em São Paulo, a manifestação chegou à Câmara, à Assembleia e a sede da Prefeitura, mas sem confrontos - na Paulista, o tom de festa venceu. No entanto, as consequências da redução de tarifa ainda eram avaliadas por Fernando Haddad (PT), que passou o dia refazendo contas. Há pelo menos três hipóteses para cobrir o déficit financeiro provocado pela revogação do aumento da tarifa, incluindo adiar o bilhete único mensal. De certo, o governo municipal aponta que o ritmo dos investimentos na cidade vai cair.

Ainda na quinta, a Justiça de São Paulo mandou soltar os quatro estudantes do Mackenzie e outras dez pessoas presas em flagrante e acusados de atos de vandalismo nos protestos de terça-feira, na região da Avenida Paulista. Eles ainda vão responder por formação de quadrilha, resistência, crime de dano, desacato e incêndio. Já a Prefeitura vai cobrar do estudante de Arquitetura Pierre Ramon Alves de Oliveira, de 20 anos, os danos que confessou ter causado à sede do Executivo municipal, na tentativa de invasão, na terça-feira.